Gabriel Gaspar

A secretaria municipal de Limpeza Pública está dando continuidade à coleta seletiva de lixo no município. Com base no material recolhido, o processo de reciclagem é feito, eliminando desperdícios e danos ao meio ambiente. Com o uso de quatro caminhões identificados com a logomarca do programa, o trabalho é feito cumprindo um cronograma de visitas às residências, em rotas como as do Parque Nova Brasília, Pecuária, Jockey Club, Guarus e Praia do Farol de São Thomé.


Numa parceria com a Ong, Sociedade de Apoio à Criança e ao Idoso (Saci), situada em Donana, a secretaria faz o envio de todo o material coletado, como jornais, papéis, cascas de frutas, alumínios, plásticos, vidros, entre outros. A entidade é, também, responsável pela separação do material e por sua comercialização. Os recursos são, posteriormente, enviados a instituições filantrópicas da cidade.

O processo de reciclagem gera, além de um cuidado maior com a natureza, riquezas, reduzindo custos de produção industrial, limpando o ar, solo e água. Nos centros urbanos, devido ao crescimento populacional, o problema do lixo é cada vez mais intenso.
O alumínio, por exemplo, pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, retorna às linhas de produção de embalagens.

E
xemplo de conscientização que está sendo incutido na população campista é dado pelos idosos, que pertencem ao Grupo da Terceira Idade de Baixa Grande. Num trabalho conjunto e participativo, somente no mês de julho foram coletadas 4.800 garrafas Pet. A expectativa, segundo o secretário de Limpeza Pública, é de que a cada dia haja um maior número de adesões, independente de idade.

A empresa responsável pela coleta seletiva ― Queiroz Galvão ― está, há dois meses, fazendo o processo de pesagem do material coletado, a fim de obter a base de quantidade que vem sendo recolhida pelas ruas dos bairros. A estimativa é de que, diariamente, são recolhidos cerca de 40 toneladas/dia.

― Os responsáveis pela formação de lixo passível de reciclagem, como os de residências, estabelecimentos comerciais, bem como escolas e outros segmentos, devem ter a preocupação de fazer a coleta seletiva, onde brinquedos quebrados (plásticos e outra matéria prima), garrafas do tipo PET, sacos e embalagens, utensílios domésticos danificados, vidros inteiros ou em fragmentos, metais ferrosos e não ferrosos, caixas de papelão, fraldas descartáveis e outros podem ser separados dos orgânicos, como restos de comida e papel higiênico, espuma, acrílico, espelho, cerâmicas, fotos e os vindos de unidades hospitalares. Estes últimos não têm condições de serem reaproveitados no processo de reciclagem ― disse o secretário Jorge Rangel.

Tempo de decomposição do lixo:

Papel
– Possui substância denominada lignina, que dá rigidez às células vegetais. É um dos componentes mais importantes do papel. Com difícil decomposição, num lugar úmido, o papel leva três meses para sumir e, ainda, mais do que isso, em local seco. Já o papel absorvente dura vários meses sem se decompor. Os jornais podem permanecer intactos por décadas. As fraldas descartáveis, 500 anos.

Fósforo de madeira –
Ele começa com a invasão da lignina, através de fungos e bactérias, que se alimentam da madeira. Num processo lento, em local úmido, o fósforo não se destrói, até que passe cerca de seis meses.

Cigarro –
Demora de um a dois anos para se decompor, quando as bactérias e fungos digerem o acetato de celulose existente no filtro. Já o cigarro sem filtro é menos nocivo, uma vez que o tabaco e a celulose levam quatro meses para sumirem, entretanto, se jogado no asfalto, o resto do cigarro (bituca) dura mais tempo ainda.

Chiclete –
Somente a ser destruído pela luz solar e pelo oxigênio do ar, perdendo a elasticidade e viscosidade, num período de até cinco anos. A goma contém resinas naturais e artificiais, além do açúcar e outros ingredientes. A pulverização do chiclete é mais rápida se ele grudar no sapato de algum distraído.

Metal –
Não é, em princípio, biodegradável. Uma lata de aço, por exemplo, se desintegra em uns dez anos.

Vidros –
Entram em fase de decomposição num período que supera os mil anos.

Frutas –
Levam de três meses a um ano para se decomporem. Os microorganismos, insetos e outros seres invertebrados geralmente transformam a matéria orgânica de forma eficaz. O miolo de uma maçã, todavia, pode ter sua decomposição em uns seis meses, num clima quente, sendo mais conservado por um ano, aproximadamente.


Por Maristela Cunha
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